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OS PROTAGONISTAS DE SILVERSTONE

  • Writer: Automobile
    Automobile
  • Jul 17, 2019
  • 7 min read

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A décima prova do campeonato de Fórmula 1 levou equipas e pilotos até ao Circuito de Silverstone, em Inglaterra. 52 voltas ao circuito britânico com mais de cinco mil metros e uma pista praticamente plana, quase sem qualquer tipo de elevação. O sol tentava espreitar por entre as nuvens que preenchiam o céu e a ameaça de chuva era uma constante.


A emoção nas bancadas crescia à medida que se aproximava o arranque de corrida. Equipas a postos com tudo preparado para assistir ao Grande Prémio que estava prestes a começar e os pilotos, dentro dos carros, com a concentração ligada no nível máximo, preparavam-se para ocupar os seus lugares na grelha de partida. As posições iniciais voltaram a ser ocupadas pelos dois homens da Mercedes. Valtteri Bottas conquistou a pole position, enquanto que Lewis Hamilton seguia em segundo. Terceiro lugar para Charles Leclerc, que partia lado a lado com a quarta posição do holandês Max Verstappen. O colega de equipa de Verstappen, Pierre Gasly, partiu de quinto e o alemão da Ferrari, Sebastian Vettel, ocupava a sexta posição. O Renault de Daniel Ricciardo era sétimo, na frente do Mclaren de Lando Norris. A fechar o top 10 estavam o Toro Rosso de Alexander Albon e o Renault de Nico Hulkenberg.


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Luzes dos semáforos apagadas e deu-se início ao Grande Prémio da Grã Bretanha. Um bom arranque dos Mercedes deixou-os lado a lado durante uns segundos, até Valtteri Bottas conseguir levar a melhor de Lewis Hamilton e chegar a líder da corrida. Charles Leclerc partiu com a perícia suficiente para se manter na terceira posição, na frente de Max Verstappen. O colega de equipa do holandês, Pierre Gasly, arrancou mal, perdendo a posição para Sebastian Vettel.


As lutas pelos lugares mais altos da tabela classificativa começaram a surgir. Os dois homens da Mercedes corriam numa disputa acesa pelo lugar mais alto do pódio, sendo que Valtteri Bottas, apesar das sucessivas tentativas de ultrapassagem de Lewis Hamilton, não cedeu, defendeu-se de uma forma bastante positiva e não perdeu posição. Já entre Charles Leclerc e Max Verstappen, a história era outra. A luta estava tão renhida e incrível entre os dois pilotos que fazia parecer que se estava a assistir à continuação do Grande Prémio da Áustria. Max Verstappen tentava a todo o custo ultrapassar Charles Leclerc, mas o monegasco permanecia firme a defender o terceiro lugar.


Contudo, mais uma vez são as idas às boxes dos homens da Ferrari que fazem os pilotos perderem posições. Em terras britânicas, a equipa italiana não mostrou ser diferente e chamou Charles Leclerc às boxes na volta 14. A boa notícia para o monegasco era que o holandês Max Verstappen foi também chamado às boxes para a montagem de um novo jogo de pneus. Desta feita, Leclerc ainda tinha hipóteses de seguir uma posição à frente do holandês. O piloto da Ferrari dependia apenas da rapidez da sua equipa ao realizar a troca de pneus. A equipa italiana foi realmente rápida, mas não tão rápida como a Redbull e Max Verstappen saiu na quarta posição, na frente de Charles Leclerc. Porém, como já tem vindo a habituar os espectadores até aqui, o jovem piloto da Ferrari não desistiu e continuou na luta com Verstappen. O holandês acabou por perder posição, quando na volta 14, alargou muito o espaço na abordagem de uma curva, facilitando a passagem a Leclerc.

Os dois Mercedes tinham conseguido conquistar uma almofada confortável de distância para os restantes pilotos por não perderem tempo em lutas por posições. No entanto, Lewis Hamilton não estava a conseguir arrancar o colega de equipa da primeira posição até que a Mercedes dá luz verde ao britânico e chama o finlandês às boxes para colocar um novo jogo de pneus. Lewis Hamilton conseguiu ascender à primeira posição. A decisão da Mercedes obriga a refletir sobre o facto de Valtteri Bottas não necessitar aparentemente de uma troca de pneus. Contudo, há que entender que se realmente a Mercedes queria que a vitória fosse entregue a Lewis Hamilton então chamar o finlandês às boxes parecia ser a única solução para arrancar o piloto da primeira posição. Uma decisão sem dúvida prematura por parte da Mercedes, porque se há conclusão que se pode tirar de todos os Grande Prémios realizados até aqui é que as posições dos pilotos são só confirmadas na última volta completa ao circuito.


A sorte parecia estar do lado da Mercedes e de Lewis Hamilton quando, na volta 20, o Alfa Romeo de Antonio Giovinazzi sofre um incidente e obriga a entrada do safety car. A corrida estava na mão de Valtteri Bottas que estava a encurtar a distância para Lewis Hamilton. Porém, a sorte estava do lado do britânico que, com a entrada do safety car, consolidou a liderança da corrida. A Mercedes pautou por chamar Lewis Hamilton às boxes para colocar novos pneus, o que implicaria a obrigatória paragem de Valtteri Bottas mais à frente. A corrida recomeçou na volta 24 e verificava-se algumas alterações nas posições dos pilotos. Os homens da Mercedes lideravam, com Vettel a seguir na terceira posição. Pierre Gasly mantinha-se na quarta posição, na frente do colega de equipa, Max Verstappen, que seguia pressionado por Charles Leclerc. Carlos Sainz era sétimo, na frente de Lando Norris. Alexander Albon e Daniel Ricciardo completavam o top 10.

Um pormenor importante a salientar é que se estava prestes a chegar a meio das 52 voltas ao circuito e o protagonismo não estava nas primeiras posições dos homens da Mercedes. Ao invés disso, as câmaras, os olhos, a atenção estava toda na luta entre Max Verstappen e Charles Leclerc. Os dois jovens pilotos que não só estavam a dar um espetáculo incrível daquilo que deve ser um Grande Prémio de Fórmula 1, como também estavam a dar umas pequenas luzes relativas àquilo que vão ser as corridas futuras de Fórmula 1. Na volta 25, Charles Leclerc tentou-se vingar daquilo que Max Verstappen fez no Grande Prémio da Áustria e deu um “chega para lá” ao holandês. Ainda que o piloto da Redbull tenha saído, por ligeiros segundos, dos limites da pista manteve-se na frente do monegasco.


O holandês ultrapassou o colega de equipa, Pierre Gasly, ascendeu à quarta posição e a vida de Charles Leclerc ficou ainda mais difícil. O monegasco não tinha que ultrapassar um, mas sim dois homens da Redbull. Não esquecendo, ainda, que Pierre Gasly iria servir como piloto tampão, não deixando que Charles Leclerc se aproximasse de Max Verstappen. A verdadeira prova dos nove para Pierre Gasly, que o piloto cumpriu com distinção durante algumas voltas.


Não tardou até que Charles Leclerc ultrapassasse Pierre Gasly e mostrasse novamente os dentes a Max Verstappen. O monegasco não ia desistir e agora quem não estava em bons lençóis era Max Verstappen que corria no meio dos dois homens da Ferrari. A solução passava por atacar Vettel e afastar-se de Leclerc. Verstappen assim o fez. Na volta 37, o holandês ultrapassou Vettel e conseguiu passar para a terceira posição. No entanto, Vettel foi trapalhão na sua resposta ao ataque do holandês e com a sede de recuperar novamente a posição tocou com a asa dianteira do seu Ferrari na parte traseira do Redbull de Verstappen. Os dois saíram dos limites da pista, o Ferrari de Vettel para um lado e o Redbull de Max Verstappen, depois de uma trajetória em voo, para outro. Sem a necessidade de entrar o Safety Car, os dois pilotos voltaram à pista. O holandês continuou a corrida na quinta posição, atrás de Pierre Gasly. Já Sebastian Vettel ficou mais prejudicado, apresentando danos na asa dianteira do Ferrari, o que o fez descer aos lugares mais baixos da tabela classificativa.


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Desta vez, a equipa italiana não teve culpa no cartório. A Ferrari estava a dar um espetáculo incrível com a prestação de Charles Leclerc. Ainda que não estivessem a ocupar nem o primeiro nem o segundo lugar, o jovem monegasco estava a fazer uma corrida exemplar. Contudo, a Ferrari não é a Ferrari se não acontecer pelo menos um incidente num Grande Prémio. Era a vez de Vettel que foi obrigado a dirigir-se às boxes para trocar a asa dianteira, caindo para a 17º posição.


Sebastian Vettel não saiu impune do incidente com Max Verstappen e os comissários de corrida atribuíram uma penalização de dez segundos ao alemão. Os holofotes viraram-se para a Mercedes quando, a seis voltas do final da corrida, chamou o finlandês, Valtteri Bottas, para a obrigatória paragem que ainda tinha que fazer. A Mercedes assumiu claramente o favoritismo na vitória da Lewis Hamilton, tendo optado por paragens de boxes muito mais favoráveis ao britânico do que ao finlandês.


A ronda número dez do campeonato viu três baixas durante a corrida. A primeira de Antonio Giovinazzi. A segunda e terceira dos homens da Haas que não tiveram um fim-de-semana de todo positivo. Um toque entre Romain Grosjean e Kevin Magnussen obrigou os pilotos a ter que desistir da corrida, não terminando assim a prova.


Os homens da Mercedes regressaram às vitórias e conseguiram mais uma dobradinha na temporada. Lewis Hamilton conta já com 80 vitórias na carreira e tornou-se o primeiro piloto a vencer por seis vezes o Grande Prémio da Grã-Bretanha. Charles Leclerc conseguiu mesmo a terceira posição e na luta com Max Verstappen saiu o vencedor. Pierre Gasly arrecadou o melhor resultado da temporada e ficou, pela primeira vez, na frente do colega de equipa holandês que ocupou a quinta posição. O melhor do segundo poletão foi Carlos Sainz, na frente da sétima posição de Daniel Ricciardo. Kimi Raikkonen ocupou a oitava posição, na frente de Dannil Kvyat. Nico Hulkenberg fechou o top 10.


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Nas contas do campeonato, Lewis Hamilton é líder com 223 pontos. Valtteri Bottas é segundo com 184 pontos. Max Verstappen segue em terceiro com 136 pontos.


A próxima prova do campeonato é no circuito de Hockenheimring, na Alemanha, entre os dias 26 e 28 de julho.



Madalena Costa


Foto de capa - Fonte - Twitter Fórmula 1

Artigo corrigido por Rita Asseiceiro


 
 
 

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