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Adeus, Honda! RBR diz adeus a Verstappen?

A partir de 2022 a Honda não vai estar na Fórmula 1. Num esforço de chegar a 2050 com a neutralidade de carbono, o construtor japonês decidiu que os recursos da Fórmula 1 seriam melhor colocados nesse objetivo.

Vamos aos números desta última aventura da Honda na Fórmula 1 como fornecedora de motores. A Honda decidiu entrar na Fórmula 1 em 2015. Em 2014, a nova era turbo híbrida entrou em vigor no desporto e em 2015 o Honda RA615H, um motor de 1.6L, com injeção direta e turbo entrou para a parte de trás do McLaren, uma parceria reavivada, depois de nos anos 90 terem feito sucesso com Alain Prost e Ayrton Senna.

De 2015 a 2017 nada correu bem com a McLaren Honda. Um motor com pouca potência e nada eficiente levou a muitas mudanças e a melhor temporada foi 2016, com a McLaren a terminar na sexta posição dos construtores.

Em 2018, a McLaren anunciou a sua separação do construtor japonês, tendo este chegado à equipa italiana da Toro Rosso, a ‘segunda’ equipa da Red Bull. Logo no Grande Prémio do Bahrein Pierre Gasly conseguiu o melhor resultado desde o regresso em 2015, com um quarto lugar. A diferença do monolugar da Toro Rosso (STR13) para o McLaren foi essencial para que a Honda pudesse desenvolver melhor o 1.6 turbo híbrido.

Em 2019 veio o grande anúncio. A Honda iria equipar os monolugares da Red Bull Racing, que insatisfeita com a Renault queria regressar ao topo para lutar com a Mercedes e com a Ferrari. Max Verstappen começou logo no pódio no Grande Prémio da Austrália, com a vitória a chegar no Grande Prémio da Áustria, a primeira da Honda desde Jenson Button no Grande Prémio da Hungria em 2006. Verstappen terminou a temporada de 2019 em terceiro no campeonato de pilotos pela primeira vez na sua carreira, tornando-se o primeiro piloto da Honda desde, mais uma vez, Button em 2004. A Red Bull terminou em terceiro no campeonato de construtores, enquanto a Toro Rosso teve a sua época de maior sucesso com dois pódios e um sexto lugar no campeonato de construtores. Mas, a partir de 2022 já não teremos a Honda na Fórmula 1 após a temporada de 2021, deixando assim a sua parceira com a Red Bull Racing e com a AlphaTauri.

Umas das questões mais interessantes agora é para onde pode ir Max Verstappen. O holandês quer vencer o Campeonato do Mundo, isso já todos sabemos, e um dos grandes fatores por ter assinado um novo contrato até 2023 com a Red Bull Racing foi a promessa de um carro competitivo. E sem um motor Honda a partir de 2022 será que a RBR consegue cumprir essa promessa? A equipa da Mercedes não vai querer fornecer um motor ao seu rival mais direto e o motor da Ferrari é neste momento o pior da grelha. Voltar para a Renault não será a melhor hipótese para a RBR nem para o holandês, que foi um dos impulsionadores da mudança em 2019.

Conseguirá a RBR manter Verstappen ou pode o holandês partir para uma nova aventura?

Foto De Capa: Honda Racing F1

David Pacheco

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