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O ‘CHEGA PARA LÁ’ DE MAX VERSTAPPEN A CHARLES LECLERC

  • Writer: Automobile
    Automobile
  • Jul 11, 2019
  • 7 min read

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O Red Bull Ring, na Áustria, recebeu a nona ronda do campeonato de Fórmula 1. Um Grande Prémio que desde início se mostrou diferente e fugiu do padrão a que as corridas de Fórmula 1 têm habituado os espectadores, ao longo desta temporada.


A grelha de partida foi o primeiro fator merecedor de uma atenção redobrada. A partir da pole position, o Ferrari de Charles Leclerc. O holandês da Redbull, Max Verstappen, partiu de segundo lugar. O melhor que a Mercedes conseguiu foi o finlandês Valtteri Bottas a partir da terceira posição, à frente do britânico Lewis Hamilton. O melhor da Mclaren foi Lando Norris que conquistou o quinto lugar da grelha de partida. Os dois Alfa Romeos ocuparam a sexta e sétima posição com Kimi Raikkonen e Antonio Giovinazzi, respetivamente. O colega de equipa de Max Verstappen, Pierre Gasly, em oitavo, partiu na frente do veterano da Ferrari, Sebastian Vettel. Já Kevin Magnussen fechou o top 10 da grelha de partida.


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Os nervos estão em franja para assistir ao arranque da corrida. Semáforos apagados e o início da corrida sofreu uma reviravolta emocionante como se de uma montanha russa se tratasse. O excelente arranque de Charles Leclerc permitiu ao monegasco seguir líder da corrida. Valtteri Bottas e Lewis Hamilton arrancaram com empenho e dedicação para conseguirem alcançar as posições mais altas. O finlandês chegou à segunda posição, no entanto Lewis Hamilton viu Lando Norris como um obstáculo difícil de ultrapassar. Ainda assim, o Mercedes de Hamilton levou a melhor sobre o Mclaren de Lando Norris e partiu em terceiro. O piloto da Mclaren foi vítima da armadilha de Kimi Raikkonen que, não desistindo, atacou o britânico e conseguiu iniciar a corrida na quarta posição. O alemão da Ferrari, Sebastian Vettel, num belíssimo arranque conseguiu ascender à quinta posição. Chamo agora a atenção para a falta de um nome: Max Verstappen. Como é que Valtteri Bottas iniciou a corrida em segundo, se o holandês da Redbull ocupava essa mesma posição? A resposta é simples: o início de corrida não foi, de todo, favorável a Verstappen, dando a sensação de que o carro não arrancou à velocidade exigida a quem de segundo partisse e em segundo quisesse permanecer. O holandês caiu para a sétima posição, instalando-se a desilusão no olhar da equipa da Redbull.


Charles Leclerc seguia embalado na frente, com o objetivo de se afastar dos seus adversários e conquistar uma distância confortável. Algo de errado se passava com a Mercedes. Por um lado, Valtteri Bottas parecia estagnado, uma vez que não perdia a segunda posição, mas também não conseguia aproximar-se o suficiente de Charles Leclerc para arrancar o monegasco da primeira posição. Por outro lado, Bottas não perdia a segunda posição porque o seu colega de equipa, Lewis Hamilton, que seguia em terceiro, não conseguiu o arranque de corrida que queria, faltando-lhe velocidade para atacar o finlandês.

A 12 voltas do início da corrida, Max Verstappen ia conseguindo recuperar alguns lugares chegando à quinta posição, depois de ultrapassar Lando Norris e Kimi Raikkonen. O alemão da Ferrari, Sebastian Vettel, ainda que tenha partido da nona posição, rapidamente subiu posições e chegou ao quarto lugar. 20 das 71 voltas ao circuito e a Mercedes começou a apresentar fraquezas, sobretudo relacionadas com graves problemas na temperatura dos pneus. É na volta 22 que a Mercedes decide chamar o finlandês, Valtteri Bottas, às boxes para a montagem de um novo jogo de pneus. A Ferrari decidiu também parar um dos seus pilotos, chamando Sebastian Vettel às boxes. A equipa italiana, não saindo do padrão que tem sido as suas prestações desde o início da temporada, demorou na troca de pneus do alemão, o que o fez perder várias posições. Seis longos segundos na boxe fez Sebastian Vettel cair de quarto para oitavo. Mais uma vez se verifica que quando os pilotos da Ferrari estão a desempenhar uma boa corrida em pista, quem atrapalha é a própria equipa.


A paragem nas boxes implica sempre algumas alterações nas posições dos pilotos. Na volta 22, Charles Leclerc mantinha-se líder da corrida na frente de Lewis Hamilton que subiu à segunda posição. Max Verstappen, numa fantástica recuperação, seguia em terceiro, à frente do finlandês Valtteri Bottas. Lando Norris era quinto, com Kimi Raikkonen atrás. Pierre Gasly ocupava a sétima posição, na frente de Sebastian Vettel. Antonio Giovinazzi era, a esta altura, nono, na frente de Sergio Perez a fechar o top 10.

O monegasco da Ferrari, Charles Leclerc, perdeu, pela primeira vez, a liderança da corrida quando foi chamado às boxes, na volta 23. Contudo, desta vez a equipa estava pronta para não cometer o mesmo erro que havia cometido com Sebastian Vettel. Quem aproveitou a saída de Leclerc foi Lewis Hamilton, que subiu assim à primeira posição. Max Verstappen seguia em segundo, na frente de Charles Leclerc que regressou à pista no terceiro posto. Valtteri Bottas era quarto, na frente de Lando Norris. A forte e dedicada atitude dos pilotos da Ferrari mostrou ser muito superior do que qualquer falha proveniente da equipa italiana. Sebastian Vettel foi prova disso mesmo, conseguindo recuperar as posições que perdeu pela demorada saída da boxe, estando, na volta 24, na quinta posição.


A Mercedes voltou a acusar fragilidades com o britânico Lewis Hamilton, na volta 28, a queixar-se de problemas na asa dianteira. A equipa não perdeu tempo e, duas voltas depois, chamou o piloto às boxes não só para a troca de pneus como também para a troca de asa do Mercedes. Desta forma, Max Verstappen chegou a líder da corrida. Charles Leclerc seguia em segundo. 31 voltas completas e já se tinham visto três líderes diferentes: primeiro Charles Leclerc, depois Lewis Hamilton e, a finalizar, Max Verstappen.

Porém, o reinado de líder de corrida do holandês durou apenas uma volta já que a Redbull decidiu chamar o piloto para a troca de pneus. Charles Leclerc era novamente líder da corrida. Sebastian Vettel não estava muito longe do colega de equipa, ocupando a terceira posição. Max Verstappen, com a paragem nas boxes, caiu para quarto lugar, ficando na frente de Lewis Hamilton.


A situação de Sebastian Vettel não estava nada facilitada, porque não havia hipótese para a mínima margem de erro. Max Verstappen estava mais empenhado do que nunca em roubar o lugar ao alemão. Na volta 48, o holandês iniciou o seu ataque, mas o alemão não se deixou vencer, defendendo-se de uma forma brilhante. Contudo, Verstappen insistiu, persistiu e não desistiu e foi na volta 50 que, atacando por fora, conseguiu passar Vettel e chegar à terceira posição. O holandês da Redbull ainda inquietou a equipa quando, na volta 56, se queixou de problemas no motor. Agora que estava a conquistar posições, a fazer excelentes ultrapassagens, nada podia falhar. O Grande Prémio da Áustria foi, sem dúvida, o Grande Prémio da Redbull. A suposta falha no motor do Redbull de Verstappen traduziu-se na excelente ultrapassagem que fez a Valtteri Bottas que, surpreendido pelo ataque do holandês, não teve maneira de defender o segundo lugar. É de relembrar que Verstappen iniciou a corrida na segunda posição, caiu para sétimo, recuperou posições, fez ultrapassagens e regressou, a 20 voltas do fim, à sua posição na grelha de partida. A vitória estava, aparentemente, nas mãos da Ferrari. Contudo, nem a equipa italiana, nem o próprio Charles Leclerc, esperavam uma ameaça tão forte como Verstappen.


A luta entre Max Verstappen e Charles Leclerc, a luta entre titãs, começou a dez voltas do fim. O holandês atacava, o monegasco defendia. Verstappen estava imparável, mas a sede da vitória estava em Charles Leclerc que queria a todo o custo levar para casa o troféu de vencedor, depois de liderar, durante inúmeras voltas, a corrida.


O verdadeiro momento do Grande Prémio da Áustria chegou na volta 69. A duas voltas do fim da corrida, na abordagem da curva número três, Max Verstappen fez o derradeiro ataque e, dando um “chega para lá” ao monegasco da Ferrari, Charles Leclerc, passou para a primeira posição. A roda do Redbull tocou na roda do Ferrari, Max Verstappen passou Charles Leclerc e uma gigante onda laranja de apoio ao holandês fazia-se ouvir mais alto do que nunca. Ainda houve tempo para, na volta 70, se assistir à ultrapassagem de Sebastian Vettel a Lewis Hamilton, conseguindo o alemão ascender à quarta posição.


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A brilhante ultrapassagem de Max Verstappen a Charles Leclerc foi ainda investigada pelos comissários de corrida. No entanto, sem nada a apontar, a vitória foi mesmo atribuída ao Redbull de Max Verstappen. O triunfo escorregou, de forma imprevisível, das mãos da Ferrari. O “chega para lá” do Verstappen a Leclerc provou ser suficientemente forte para mostrar que, mais uma vez, faltou o pequeno fator x à equipa italiana para sair vitoriosa de um Grande Prémio de Fórmula 1.


Segunda vitória em casa para o holandês Max Verstappen. A Ferrari manteve-se no lugar intermédio do pódio com o monegasco Charles Leclerc. A Mercedes não conseguiu melhor do que a terceira posição de Valtteri Bottas. Sebastian Vettel terminou na quarta posição, mais uma do que o atual líder do campeonato, Lewis Hamilton. O excelente desempenho de Lando Norris permitiu ao piloto da Mclaren terminar na sexta posição. Já o colega de equipa de Verstappen, Pierre Gasly, conquistou a sétima posição. Carlos Sainz terminou na oitava posição. Os Alfa Romeos de Kimi Raikkonen e Antionio Giovinazzi fecharam o top 10.


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De parabéns está Max Verstappen! A ultrapassagem do holandês foi brilhante e encostou a Ferrari à segunda posição! Verstappen provou mais uma vez que os vencedores só se conhecem ao fim de estarem completas todas as voltas ao circuito! Não se pode deixar também de salientar o mau fim-de-semana da Mercedes. O Grande Prémio da Áustria não foi de todo positivo para Lewis Hamilton, Valtteri Bottas e a restante equipa por se apresentarem desde cedo como grandes vítimas do calor e se afastarem, pela primeira vez esta temporada, dos primeiros lugares do pódio.


Nas contas do campeonato, o atual líder mantém-se o britânico Lewis Hamilton com 197 pontos. Valtteri Bottas é segundo com 166 pontos. Max Verstappen, com a vitória do Grande Prémio da Áustria, sobe ao terceiro lugar do campeonato, somando 126 pontos.


O próximo destino da Fórmula 1 é o Circuito de Silverstone, em Inglaterra, entre os dias 12 e 14 de julho.


Madalena Costa


Foto de capa - Fonte - Twitter Fórmula 1

Artigo corrigido por Rita Asseiceiro

 
 
 

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