Hamilton O´clock
- Automobile
- Jul 23, 2020
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Os holofotes da Fórmula 1 viraram atenções para a cidade de Budapeste, na Hungria. A terceira prova do Campeonato do Mundo da modalidade trouxe um fim-de-semana recheado de emoções para os mais apaixonados pelo mundo dos motores.
O homem do costume, Lewis Hamilton, esteve, mais uma vez, em grande destaque. O britânico da Mercedes continua imparável a somar conquistas. Lewis Hamilton não descansou até assegurar o primeiro lugar da grelha de partida e, assim, já conta com um marco de 90 pole positions. O piloto do Mercedes número 44 continua a dar alegrias nas lides de Fórmula 1.
A grelha de partida do Grande Prémio da Hungria ficou completa com o segundo lugar de Valtteri Bottas, na frente dos dois Racing Point em que Lance Stroll começou de terceiro e Sergio Perez de quarto lugar. Os homens da Ferrari surgiram a seguir, com Sebastian Vettel que partiu de quinto e Charles Leclerc da sexta posição. Max Verstappen, da Redbull, arrancou de sétimo na frente dos dois Mclaren em que Lando Norris começou de oitavo e o colega de equipa, Carlos Sainz, de nono. O Alpha Tauri de Pierre Gasly fechou o top 10 da qualificação.

O fim-de-semana no circuito de Hungaroring trouxe um pouco de tudo. Caro leitor, não se deixe enganar pois os Grandes Prémios mais caóticos são, geralmente, aqueles que nos prendem ao ecrã. A corrida, na Hungria, começou, bem cedo, a dar que falar com um protagonista bem conhecido pelos erros mais peculiares. Falo do holandês da Redbull que ainda na volta de apresentação começou a acusar problemas. Max Verstappen levou o seu monolugar até ao muro. No entanto, a equipa técnica conseguiu colocar tudo em condições para o arranque da corrida.

O arranque da corrida foi algo mexido e caótico, contudo apaixonante. Semáforos apagados e Lewis Hamilton reclamou, desde bem cedo, a liderança da corrida. Em destaque esteve também Sebastian Vettel que, de imediato, voou da quinta posição para tentar alcançar os lugares cimeiros. O veterano alemão da Ferrari encontrou, contudo, uma muralha chamada Max Verstappen que dificultou a luta pelo terceiro lugar. Não, Caro Leitor, não me enganei. Falo mesmo em terceiro lugar, isto porque Lance Stroll da Racing Point conseguiu manter-se na segunda posição, atrás do britânico da Mercedes. Valtteri Bottas não teve um arranque feliz e acabou a cair para sexto. Um arranque confuso, mas que começava a desenhar as posições com Hamilton em primeiro, Lance Stroll em segundo, Max Verstappen era terceiro, na frente dos homens da Ferrari, com Sebastian Vettel em quarto e Leclerc em quinto.
Se há palavra que define uma corrida de Fórmula 1 é imprevisibilidade. Na Hungria, a situação não pareceu ser diferente. A chuva começou a abrandar no Circuito de Hungaroring e, por isso, à quarta volta já a maioria dos pilotos tinha ido às boxes para a troca de pneus. Naturalmente, as posições que haviam sido desenhadas até então começaram a alterar-se. Todas menos uma. Lewis Hamilton continuava líder de todo o poletão. Com dez voltas decorridas, atrás do britânico seguia Max Verstappen e, pela primeira vez em 2020, um homem da Haas, Kevin Magnussen, seguia na terceira posição. No entanto, na volta 17, Magnussen já tinha caído para a quinta posição, com Valtteri Bottas na perseguição ao terceiro lugar de Lance Stroll. Foi na volta 36 que o finlandês ascendeu ao último lugar do pódio, com a paragem nas boxes do piloto da Racing Point.
A situação piorou para a equipa da Haas com a penalização de Kevin Magnusen e Romain Grosjean. Os Comissários explicaram que a equipa violou uma diretiva técnica ao dar instruções a ambos os pilotos para que se preparassem para a colocação de pneus slick na volta de formação. Desta forma, Magnussen e Grosjean receberam uma penalização de 10 segundos. A felicidade em alcançar o terceiro lugar em corrida não durou muito e foi, ainda, prova de que tudo pode mudar até ao final da prova.
O fim-de-semana voltou a não ser brilhante para a Ferrari, o que acaba por já se tornar um hábito. Sebastian Vettel foi o melhor piloto da equipa italiana ao terminar no sexto posto. Já o monegasco Charles Leclerc acabou por cair para fora dos pontos, ao terminar no posto número 11, depois de uma batalha interessante com Carlos Sainz da McLaren pela 10º posição. Os pilotos do cavalinho rampante costumavam ser apelidados de favoritos à vitória em inúmeros Grandes Prémios. A questão agora já se coloca se os dois pilotos vão ou não conseguir ficar dentro dos pontos e, segundo mostrou Charles Leclerc, até isso se torna difícil.
Por mais atípico e caótico que seja um Grande Prémio, há um piloto que nunca desilude. Lewis Hamilton voltou a elevar o seu nome e a Mercedes ao lugar mais alto da tabela classificativa. Segundo posto para Max Verstappen, que levou a melhor de Valtteri Bottas na luta pelo lugar intermédio do pódio. O finlandês da Mercedes acabou assim no terceiro lugar. Quarta posição para Lance Stroll, na frente de Alexander Albon. Sexto lugar para Sebastian Vettel, com Sergio Perez em sétimo e Daniel Ricciardo em oitavo. Carlos Sainz garantiu o nono posto, com Kevin Magnussen a fechar o top 10.

Nas contas do campeonato, Lewis Hamilton é lider com 63 pontos, mais cinco do que o segundo classificado Valtteri Bottas. Max Verstappen subiu ao terceiro posto, com um total de 33 pontos.
A Fórmula 1 segue rumo para terras de sua majestade, a Grã-Bretanha, entre os dias 31 de Julho e 2 de Agosto.
Madalena Costa
Foto De Capa: Mercedes
Artigo corrigido por Rita Asseiceiro
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