top of page
Search

FERRARI COMPROMETE CHARLES LECLERC… OUTRA VEZ!

  • Writer: Automobile
    Automobile
  • Jun 1, 2019
  • 6 min read

ree

A sexta ronda do campeonato de Fórmula 1 levou equipas e pilotos até ao Mónaco. Seis Grandes Prémios, seis vitórias consecutivas da Mercedes. É o terceiro triunfo de Lewis Hamilton que reforça ainda mais a liderança no campeonato. O alemão da Ferrari, Sebastian Vettel, roubou o segundo lugar do pódio ao colega de equipa de Hamilton, Valtteri Bottas, que concluiu a corrida na terceira posição.


Na grelha de partida, os dois primeiros lugares foram dos homens da Mercedes: Lewis Hamilton na pole position e Valtteri Bottas na segunda posição. Já o Redbull de Max Verstappen partiu da terceira posição. O veterano da Ferrari, Sebastian Vettel, iniciou a corrida na quarta posição na frente do Haas de Kevin Magnussen.


ree

Pela primeira vez no campeonato, o Ferrari de Charles Leclerc não marcou presença nos primeiros cinco lugares da grelha. As expetativas estavam todas em Charles Leclerc. O jovem piloto da Ferrari corria, pela primeira vez este ano, na sua cidade natal. No entanto, o monegasco foi mais uma vez traído pela equipa italiana. Quase faz parecer que o verdadeiro adversário de Leclerc é a própria Ferrari e não os pilotos das restantes equipas. A situação não se mostrou fácil para Leclerc logo a partir da qualificação.


Num palco de príncipes e princesas, o GP Mónaco apresenta um circuito que explora as ruas da cidade. 78 voltas, mais de 200 km e 19 curvas com nomes míticos. O primeiro minuto desta ronda do campeonato foi passada em silêncio, prestando tributo a Nikki Lauda. Considerado por muitos uma das maiores lendas da história da Fórmula 1, Lauda faleceu no passado dia 20 de maio.


O arranque da corrida foi intenso. Assim que as luzes se apagaram, o Mercedes de Hamilton arrancou bem e já estava na liderança. Já o Redbull de Max Verstappen tentava a todo o custo ultrapassar o Mercedes de Valtteri Bottas, mas o finlandês não se deixou levar, conquistando a segunda posição. Sebastian Vettel partiu de quarto e em quarto se manteve, no início da corrida. Já o seu colega de equipa conseguiu subir ao 14º lugar. O piloto da Alfa Romeo, Kimi Raikkonen, foi quem não conseguiu um bom arranque e, não se conseguindo defender das sucessivas ultrapassagens dos adversários, caiu para 17º.


A três voltas do início da corrida estavam organizadas as posições: os homens da Mercedes na liderança, seguidos de Max Verstappen e Sebastian Vettel. Já Daniel Ricciardo seguia em quinto na frente de Kevin Magnussen e Pierre Gasly. O Mclaren de Carlos Sainz estava na oitava posição, na frente dos Torro Rosso de Dannil Kvyat e Alexander Albon. A fechar o top 10 encontrava-se o Renault de Niko Hulkenberg.


A pressão estava na boa prestação que Charles Leclerc tinha que fazer. Nunca nenhum piloto monegasco tinha vencido um Grande Prémio do Mónaco. Os olhos estavam, por isso, todos postos no jovem piloto da Ferrari. O monegasco até teve um bom início de corrida, conseguindo ultrapassar o Haas de Romain Grosjean a oito voltas do início da corrida. Encontrava-se em 12º e nada fazia demover Charles Leclerc da sede de subir posições na tabela classificativa. O problema é que a ambição e o excesso de confiança traíram o piloto da Ferrari. Na volta 9, Leclerc tentou fazer uma ultrapassagem ao Renault de Nico Hulkengerg. Contudo, o piloto alemão soube defender-se de uma forma exemplar, o que deixou Charles Leclerc embrulhado num peão. No instante a seguir, o monegasco toca nas extremidades da pista e sofre um furo no pneu traseiro direito. Leclerc não abrandou a velocidade, deixando detritos do seu pneu furado em pista.


ree

Uma volta depois, o piloto da Ferrari dirigiu-se às boxes e a corrida foi interrompida com a entrada do Safety Car. As equipas aproveitaram para montar um jogo novo de pneus. O Mercedes de Lewis Hamilton colocou pneus médios. O Redbull de Max Verstappen e o colega de equipa de Hamilton, Valterri Bottas, foram também às boxes.


O segundo incidente da corrida deu-se, precisamente, à saída do pitlane em que os protagonistas foram Max Verstappen e Valtteri Bottas. Quando o finlandês já estava pronto e a dirigir-se para voltar à vista, o holandês sai da boxe e os dois chocam. Parecia que Verstappen não queria a nenhum custo que Valtteri Bottas assumisse a segunda posição quando recomeçasse a corrida. A verdade é que Max Verstappen conseguiu mesmo que o finlandês não retomasse a corrida na segunda posição. Bottas foi obrigado a voltar às boxes, montou pneus duros e retomou a corrida na quarta posição, atrás do Ferrari de Sebastian Vettel. O toque entre os dois pilotos esteve sob investigação e os comissários decidiram atribuir uma penalização de 5 segundos ao holandês.


O Safety Car abandonou a pista, na volta 14, e novas posições estavam definidas. Lewis Hamilton liderava, no entanto tinha o desafio de se defender da pressão de Max Verstappen. Sebatian Vettel assegurava a terceira posição, na frente de Valtteri Bottas. Já Pierre Gasly mantinha-se na quinta posição na frente de Carlos Sainz e Dannil Kvyat. Alexander Albon era oitavo, na frente de Romain Grosjean e Lando Norris completava o top 10. Depois do incidente protagonizado por Leclerc, o monegasco retomou a corrida na 20º posição.

O cenário não podia ficar pior para Charles Leclerc. O monegasco deu por terminada a corrida, a 18 voltas do início. O próprio piloto referiu, em comunicação com a equipa, que sentia dificuldades em conduzir o Ferrari pelos inúmeros danos que continha. O sonho de um monegasco ganhar o Grande Prémio do Mónaco desvaneceu. Charles Leclerc soma mais um mau resultado e, mais uma vez, a sua má prestação em prova surge de más decisões tomadas por quem não tem o volante nas mãos.


A perseguição intensa do Redbull de Max Verstappen ao Mercedes de Lewis Hamilton era o centro das atenções. Os pneus médios do britânico estavam a começar a dar sinais de fraqueza, o que obrigou o piloto a ter que abrandar a velocidade para uma maior gestão de tempo de corrida. Quem esperava sempre pressionante por qualquer deslize, por parte de Lewis Hamilton, era Max Verstappen. O holandês beneficiava da fragilidade dos pneus do britânico e estava a conseguir encurtar a distância para o Mercedes. É nesta sequência de acontecimentos que surgem as sucessivas comunicações de Hamilton com a equipa que não deixavam ninguém ficar indiferente. O desconforto e receio, por parte do piloto, eram notáveis. O britânico pedia a todo o custo uma paragem nas boxes para trocar de pneus. Contudo, nenhum dos pedidos que Lewis Hamilton fez, por mais de 20 voltas, foi atendido pela Mercedes. A pressão era grande porque por um lado havia a ameaça constante e bastante agressiva do Redbull de Max Verstappen e, por outro, o facto de Hamilton ter a noção do quão vulnerável estava a ficar por não se sentir seguro a conduzir o Mercedes com os pneus médios.


Um pouco mais atrás, o alemão da Ferrari, Sebastian Vettel, mantinha-se na terceira posição. Valtteri Bottas não perdia a posição de quarto, contudo também não conseguia ameaçar arrancar Vettel do último lugar do pódio.


O Grande Prémio do Mónaco seguiu a expressão “o melhor fica para o fim” na sua vertente absolutamente literal. A duas voltas de se decidir quem seria o vencedor do Grande Prémio, a duas voltas de Lewis Hamilton poder sagrar-se o grande vencedor, ainda que conduzindo com grande desconforto, eis que surge o derradeiro ataque de Max Verstappen. O holandês queria a todo o custo conquistar a posição de Lewis Hamilton para que, mesmo com a penalização de cinco segundos que lhe tinha sido atribuída, conseguisse um lugar no pódio. O Redbull de Verstappen ataca e dá um toque ao britânico que mais o favoreceu do que beneficiou, uma vez que, ao sentir o toque, Hamilton não teve tempo de reação para fazer a curva, seguindo em frente. Posto isto, o britânico conseguiu ganhar uns segundos de vantagem ao holandês, consolidando a sua liderança.


O esforço notável de Lewis Hamilton conferiu-lhe a vitória. Mas o britânico não a guardou só para si. Mais do que o triunfo de Lewis Hamilton no Grande Prémio do Mónaco, este era também o triunfo de Nikki Lauda no Grande Prémio do Mónaco. O britânico fez questão de dedicar a sua vitória a Nikki Lauda, não deixando de referir como sentiu o espírito lutador da lenda da Fórmula 1 durante toda a corrida. Já Max Verstappen insistiu, persistiu mas não conseguiu garantir um lugar no pódio. A penalização de cinco segundos empurrou o piloto da Redbull para a quarta posição. O alemão, Sebastian Vettel, garantiu a segunda posição e Valtteri Bottas completou o pódio.


O Grande Prémio do Mónaco conferiu à Ferrari a classificação mais alta, desde o início da temporada, com o segundo lugar de Vettel. Charles Leclerc teve a pior prestação da temporada no Grande Prémio realizado na sua terra natal, sendo Sebastian Vettel uma mais valia para a equipa italiana conseguir um lugar no pódio.


ree

Será só coincidência que Charles Leclerc foi cedo eliminado da prova e a Ferrari conseguiu o seu melhor resultado, desde o início do campeonato?


O Mercedes de Lewis Hamilton é líder no campeonato, com uma vantagem de 17 pontos para o colega de equipa Valtteri Bottas. O alemão, Sebastian Vettel, ultrapassou Max Verstappen e assume a terceira posição, no campeonato, com 82 pontos.


A próxima prova é o Grande Prémio do Canadá, entre os dias 7 e 9 de Junho, para a sétima ronda do campeonato.


Madalena Costa


Foto de capa - Fonte - Twitter Fórmula 1

Artigo corrigido por Rita Asseiceiro



 
 
 

Comments


 Automobile

  • Twitter
  • Facebook
  • Instagram
  • YouTube

© 2023 by The Halftimers. Proudly created with Wix.com

bottom of page